domingo, 3 de abril de 2011

MINHAS LEMBRANÇAS

Antes e pós guerra. Estava eu, numa casa grande construída de pedras com um vasto jardim rodeado de quaresmeiras nos tons rosa e branco. -dentro da casa havia uma imensa escada de ferro que dava acesso aos aposentos..esses decorados por móveis de madeira desenhada de cor marrom -escuro , havia um grande salão a dr eita, sendo que no centro um enorme tapete colorido ...no canto um piano...em volta quase na parede havia varias mesas redondas com flores, essas estavam cobertas com toalhas de seda e renda..era com tons de rosa branco e perola; o slaoera decorado por enormes cortinas nos tons rosa que eram aberto quando num palco para algum espetáculo e festas. Por muitos anos esse salão foi meu ponto de apoio e toda vez que precisava de algo ou dependendo da necessidade lá era o meu refugio _ pude ouvir o som das musicas tocadas no ambiente..os acordes... Havia morando na casa alguns criados...Admirei por muito tempo um homem alto , viril de pele clara, cabelos fartos com bigode grande com ponta, tinha um porte de um oficial militar, estava sempre usando uniforme oficial nos cinza , junto com um chapéu..outras vezes uma boina e era tratado como Terry. Havia uma jovem senhora esguia de belo porte que segurava uma sombrinha de renda clara, tinha os cabelos escuros que vivia trançado com um ali que de pedrinhas brancas, ela adorava plantar flores e cultivar ervas, era tratada como Lidya Havia um menino que aparentava ter uns 10 anos mais ou menos com os cabelos ruivos estudava piano era tratado como Tiddy. Havia uma ama que era um doce , mas pegava no pé dos serviçais e por vezes ficava irada quando algo não saia bem,,, muito fiel a minha mãe era tratada como Dinah. ....estava eu com 16 anos mais ou menos, gostava de cantar para meu pai, fazia recital para convidados e bordava com minha mãe, num canto de uma sala perto de uma vasta cortina dourada e ao lado de um instrumento musical, adorava correr meio aos bosques...era sorridente ajudava minha mãe nas ervas, era tratada como Deisy. Nas minhas reais lembranças houve o inicio e o fim de uma guerra logo após houve uma epidemia de gripe muito forte que matou muita gente..._ ainda me lembro que durante a guerra passamos a viver escondidas dentro de casa e só meu pai tinha acesso fora...no amanhecer e no por do sol recebia um mensageiro conduzindo nas mãos um envelope amarelado trazendo noticias e depois ordenava...algo assim,tive a imprensao que comandava algo a distancia… ele sentava , levantava ia de um lado a outro aguardando... Na calada da noite minha mãe junto com Dinah e eu, enrolávamos uns mantos e saímos escondidas indo a um abrigo de soldados que gemiam...uns dilacerados, outros com pernas braços enfaixados com panos_ levávamos ervas e unguento chás; as feridas eram lavadas e tratadas com as mesmas, havia muitos doentes lá... podia se ver focos de fumaça queimando ainda.. Meu pai era amoro com minha mãe e conosco, pela educação, os filhos não participavam modos assuntos familiares a não ser quando era maior de idade, apesar de perguntadeira..lá me continha. Por quanto tempo não sei : _ Num certo dia o mensageiro entrou eufórico e entregou o envelope, minutos após saiu gritando eufórico: A guerra acabou..fim da guerra!!!! sem prever datas, logo em seguida minha mãe adoeceu por dias isolada, fomos proibidos por um médico nossa entrada em seus aposentos,; Dinah com ajuda de um criado abriu uma fresta por onde pude ver minha mãe...numa noite , na companhia de tios, fomos visitar uma família que inconformados estavam pela perda de seus dois filhos na guerra , já quase adentrando a casa senti um impacto de tristeza, angustia aguda, como uma boa obediente como sempre subi aos meus aposentos para dormir..inexplicavelmente chorei , entre soluços adormeci. Logo cedinho fui passear nos arredores, ouvi uns criados comentando: - ….coitada! .. tão jovem! sofreu! outro respondia: foi melhor... ao ouvir essa conversa, desconfiei e sai correndo, adentrei a casa indo nos aposentos da minha mãe; -lá estava meu pai e um médico conversando; - ao me ver; - veio a mim e segurou me pelo braço e dizendo: Perdão !!! ninguém podia ter contato com sua mãe... antes que ele terminasse e sem acreditar no ocorrido , fui ao seu leito, sua ausência me correr a té a tumba..e vi mais uma pedra com flores frescas...chorei copiosamente indo direto ao chão, vi uma areia branquinha subir... gritei ,- debati tanto até perder as forças.. foi ai que vi dois homens fortes me pegando, a partir dai perdi os sentidos E NESTA VIDA: - por anos procurei minha mãe: - no rosto das minhas professoras, das minhas amizades, uma mera semelhança, um gesto qualquer....__ e senti muito depois de anos a : falta do seu abraço, do seu colo, do afago nos meus cabelos colocando-me fitas douradas, ajustando meu vestido de seda com renda azul claro...Ah!!!! que saudade dos meus.. nesse minuto ao terminar de editar ..., vivenciei o mais puro e transparente dos flashes , imagens e cenas coloridas em detalhes, de minha mãe, o seu carinho...o seu capricho... sua delicadeza.... Termino perguntando: Onde está minha mãe??? _ fecho os olhos e divago serenamente...sinto um conforto interior, ouço uma voz suave em minha memoria ..dizendo: .tranquiliza-te!

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