Agraciada pela visita dos meus na noite de Natal de 2014 recolhi aos meus aposentos e logo adormeci.

Por mais que eu tento relembrar não consigo definir onde estávamos, a cidade ou mesmo o país, estava ali e deveria aguardar a visita de um amigo, assim o fiz calmamente.
Sinceramente quando a pessoa amiga chegou.... fiquei comovida pois se trata de uma pessoa muito especial para mim um companheiro de jornada ... no qual vou chamar aqui de Beto.
Olhei para ele e indaguei: Você aqui? ele disse: Sim!!! fui convidado para acompanhar você, vamos aproveitar temos muito que conversar...
Estava eu comovida ... respirei profundamente e olhei para ele tranquilamente e foi ai que notei suas vestes....
Estava vestindo um traje elegante de soldado de cor cinza azul enquanto eu estava vestida com um traje de cor também cinza claro envolvida por uma capa de chuva.
Estávamos radiantes.... senti meu coração pulsar forte.... desta vez damos prioridade ao trabalho que havia de ser feito.
Ele delicadamente me apoiou em seu braço e caminhamos rumo ao destino, onde tínhamos que estar....não sabíamos ainda do que se tratava.... enquanto caminhamos.... ele falava sobre as suas atividades, suas viagens... eu escutava em silencio e a vezes murmurava: Hummmmmm
Chegamos a um imenso prédio antigo tratava-se de um velho hospital que tinha sido usado para socorrer soldados nos bombardeios de guerra passada, hoje esta sendo usado para eventos.
Adentramos.... havia um corredor comprido e pequenos quartos pintados de verde clarinho dentro de cada quarto havia uma maca e uma mesinha de madeira de cor branca.
Beto me acompanhou até a porta em seguida dirigiu-se ao quarto ao lado.
Na maca estava uma jovem alta magra de cabelos compridos e lisos, estava aborrecida e inconformada com seu corpo.... a partir dali que percebi que se tratava de uma clinica reparadora de pele.
Ela colocava a mão na virilia perto da barriga e dizia essa cirurgia não está dando certo,... pedi a ela: fique calma!!! abri a gaveta da mesinha e peguei uma prancheta e uma fita métrica fininha de cor azul clarinho e comecei a tirar as medidas de seu corpo sem dizer nada fui anotando.
Visitei alguns quartos e ao terminar chamei o Beto para tomarmos alguma coisa para voltarmos dirigimos a uma pequena cantina e tomamos um líquido branco que vou chamar de leite...ao pedir a conta dirigi ao recebedor, era um senhor simpático de bigodes e cabelos fartos e usava um jaleco branco que nos disse:
Vocês se parecem com um casal que estiveram aqui tomaram ARAK e ficou parado... como se tivesse buscando imagens em suas recordações.
Quebrei o silencio perguntando:
Quanto eles ficaram devendo ao senhor?
Ele disse 62!!! - eu não tinha troco eles iriam voltar no outro dia... e mais uma vez em silencio por instantes.... suspirou e prosseguiu - Não conseguiram retornar.....balançou a cabeça ... isso foi a muito tempo.
Aquele rosto era familiar ... fiquei em silencio.
Em segundos rompi meus pensamentos e perguntei:
Quanto estão devendo?
Ele disse: 62
E o restante? perguntei... quanto é? - o valor anterior do casal...
Ele acrescentou: um total de 157.
O Beto não questionou nada tirou do bolso um papel moeda e fez o acerto e como recibo o senhor deu um ticket a ele.
Beto voltou-se a mim e disse : guarde com você... abri a bolsa e guardei.
Saímos dali aliviados e contentes e entramos num carro que vou chamar de caminhonete que ia rapidamente e como observadora que sou notei no canto perto do painel uma pequena bailarina de piano que dançava suavemente fiquei olhando para ela e entrei em estado sono profundo perdendo a minha consciência
Despertei de manhã com um bem estar intraduzível guardando para mim a sensação suave e as nítidas lembranças desse encontro que é para mim um presente na noite de Natal.
Ouça o link abaixo era a musica que a bailarina dançava.
Muito bom!!
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