sexta-feira, 20 de abril de 2012

A CIDADE DE CRISTAL


                     
Noite alta!
 Alma feliz  agradecendo mais dia de vida,   dever cumprido e sentindo  um bem estar indescritível, recolhi aos meus aposentos e tão logo adormeci  senti o entorpecimento do meu corpo,  me vi saindo   por um túnel  comprido  indo para  uma cidade distante de nome de: SANTA IZABEL, confesso que não  identifiquei onde fica a mesma.
Posso dizer pela lembrança que se trata de uma cidade construída em um morro, suas ruas eram estreitas, feitas de cascalhos com  suas casas coloridas e arvoredos por toda parte, pelo que entendi  tratava-se de uma cidade  para encontros preparatórios para viajantes em pré estreia ou algo assim.

Havia uma tabuleta nessa casa escrita: ABRIGO SÃO SEBASTIÃO RUA 8.
-  era uma casa grande comprida,  pintada de cor de rosa forte e as janelas de verde alface muito bem cuidada, lembra-me uma hospedaria onde fui apresentada a outros convidados já instalados, que cordialmente receberam -me no grupo, após os cumprimentos, instalei-me num quarto com uma senhorita de nome Rose.
Segundos após fomos visitar e conhecer a cidade, atravessamos ruas, calçadas e como sempre eu não perdia cada detalhe da construção observava tudo para gravar em minha sedenta  memória, ao sairmos de uma  das ruas, notei uma larga avenida  separando duas cidades, caminhamos lentamente e vimos que se tratava de uma avenida revestida de grama  verde escuro é o que posso definir e a mesma separava as cidades.

Boquiaberta fiquei ao deparar  diante de tanta beleza,  a cidade era linda  construída de cristal  toda transparente e acolhedora.  Sem os companheiros atravessei a avenida e vi a fortaleza do lugar, ela era um circulo como um labirinto  com espaços não tão largos o que chamo de ruas estreitas  aos poucos percebi que ela se movia lentamente fiquei surpresa e parada sem locomover-me e  fiquei não sei por quanto tempo admirando tudo, ao cair  em mim de novo, me pus a pensar; - Como  será que se anda aqui  ??? e sem se perder?      Ué ! exclamei: - não tem placas,  números,  nada que marque onde se está.... como será que funciona? Dai fiquei intrigada e antes que eu pensasse mais, notei pela energia que eu não estava sozinha, estava na companhia  de um dos amigos do sexo masculino que me conduz a viajar assim.
Ao sentir a presença de Frederico fiquei confiante, como se lesse  meus pensamentos dirigiu-se a mim  dizendo:

 Acalma teu coração! e calmamente respondeu; -
 Aqui ninguém se perde, não é preciso nomes, números e placas para deslocarmos, usamos a mente, basta que pensemos no que queremos e o mesmo se plasma, se focarmos uma igreja ela se plasma para nossa visão e assim sempre.
Dando-me apoio em seu  braço  fomos a um grande salão intitulado"" CENTRO DE CONVENÇÃO""", na frente havia dois degraus onde pisamos num tapete enorme como se fosse para limpar os pés ou deixar  algo ali na entrada.
Adentramos o grande salão e vi  alguns convidados já  sentados na plateia esperando, fui  sentar na penúltima fileira e num passe de mágica apareceu junto a nós vários seres, tratava-se dos organizadores responsáveis por aquele evento.
Esses seres não tinham forma humana, eram   iguais no tamanho,  na cor e sexo  notava-se  a forma de um ser humano mas sem detalhes de rosto mãos, somente vultos brilhantes, suas vestes figuravam  formas como vemos aqui,  uniformizados   com ternos largos no tom azul cinza claro envoltos com um cinto largo na cintura, preso por uma fivela com uma sigla CV, na qual desconheço o significado pareciam ser como soldados pela vestimenta.

Em dado momento um dos seres  moveu  os braços para o alto dizendo: Sou  MARCUS  vamos falar sobre a '' COMUNICAÇÃO BRILHANTE'' e assim o fez, sinceramente eu nunca em estado de vigília participei de um texto como esse, quisera eu um dia transcrever.
Ao terminar novamente num passe de mágica, todos os seres espalhados na platéia e os que estavam  acima desapareceram aos nossos olhos na mesma intensidade como apareceram.
Fiquei esperando os primeiros convidados com forma humana assim como eu  a saírem do local por ordem de chegada, então vi alguns objetos deixados nas cadeiras, achei que os convidados tinham esquecido seus pertences, tais como:  relógios, isqueiros, canetas, colar de pérola e outros e pensei em recolher e entregar na saída como fazemos aqui quando achamos um objeto desses num local de evento assim.
Porém ...
          Notando minha intenção Frederico suspirou e  disse: _ Não pegue! São lugares marcados por aqueles que tem medo de se perder e deixaram seus objetos como referencia.
   E continuou;  Vamos é hora de voltar!
 Ao ouvir isso  entrei em sono profundo, vindo acordar  mais tarde do meu dia a dia ainda com  sensação de paz e nitidez por onde estive  durante o sono ou sonho.
 Enquanto  aqui estive escrevendo minha mente vivencia esses momentos,  como um filme que assistimos e gostamos muito de relembrar.

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